Agora falo como criança sem medo do futuro Com medo do presente e nem sei Confuso e indeciso como se não existisse algo além A conclusão do que se foi e o que não é O que será? Falo hoje como um adolescente Sorrindo pra fingir a dor de um momento que já passou Que já se foi mas ainda não estou lá no que foi um lar E desistindo do que sou, concertando com harmonia minha paz Hoje como adulto canto como uma criança Um sentimento em outros olhos reproduz a minha velha dor Olhos do mesmo sangue que lacrimejam tanto medo Do que será? Calado sou aberto, mas me fecho a falar e consertar Algo que descia e caminhava para outro ponto Ao silêncio que domina ao sessar