Batismos de madrugada Benzendo pêlo e crina Cristalizando a neblina No lombo do “mansarrão” Pra depois dar a bênção Rogando ao campo mais luz Pr’aquele que for às cruz Firmando no pega-mão! Mais uma cena de campo No encerrar da tropilha Que vem pra lida da encilha Sempre que o dia amanhece Enquanto se faz a prece Pedindo força pra lida Alçar a perna é a vida Que o pega-mão oferece! Irmão da espora e do tento Junto ao palanque cravado Faz um costado pra Santa Largando bem encrinado Pero, na falta das cerdas Restam perna e devoção Que o sonho de alguma tora Se agarra no pega-mão! É no caminho do açude Depois que saco o baixeiro Que até retorno à infância Ao cabrestear meu herdeiro... Ao menos naquela hora Fazia às vez de peão Ia agarrando confiança Bem firme no pega-mão!