Um arco-íris tristonho, Uma parede vazia, Uma estrada vadia, E um olhar desolado. Um barco mal-assombrado, Uma flor despetalada, E um relógio quebrado. Um vazio ou dois e o dó de peito, Um dor sem jeito e um vaso apenas, Umas três novenas pra seguir no encalço, Cada cadafalso, uma seta vesga, O visgo da lesma desenhando na parede, A silhueta exata de uma grande cidade… Uma corrente maluca, Uma estrela apagada, E uma pedra encantada, Um carretel enrolado, Um grito despedaçado, E uma dor sem emenda A cada ponto que é dado Em cada nó dessa renda. Mais um grão de arroz e o nó desfeito, Pra dormir no leito, pra girar antenas, Muito além das trenas, pra seguir no encalço, Meu retrato falso, um zunir de vespa, Solidão é a mesma nessa vasta rede Que se arma e salta sobre a grande cidade…