Musa infiel, de olhar cruel envolto ao véu da ingratidao teu coração é um jardim aonde eu vim colher a flor do mais ingrato amor para sentir o ardor fatal e divinal, do teu amor ingrata flor e sonhar com o teu olhar verde falso cor do mar. Podes rir, muito sorrir por destruir meu coração mas há de vir um dia então quando a visão de meu olhar vaidoso desprezar o teu que irá tombar vencido e arrependido, envaidescido pelo meu que sofreu pelos teus ais, que sofreu não sofre mais. A hipocrisia virá sofrer um dia a ironia do viver e depois morrer a sombra da vaidade sob a cruz de uma saudade, só entao serei feliz, muito feliz e o meu estrugirá o que a boca hoje não diz e verei vingança má teu sonho que sonhará tudo aquilo que sonhar não quiz. Só então feliz será meu pobre coração, que a ingratidão de vil paixão tanto feriu pelado orvil, ingrato tédio cujo remédio bom e santo é o pranto e o desencanto pela musa, que formosa flor mimosa de vaidosa glosará, mas um dia óh ironia, fatalmente chorará.