Juari Silveira de Sá

Minha Laje, Minha Ilha

Juari Silveira de Sá


Minha laje minha ilha, onde sonhos não termina
Vira verso vira sina universo la em cima
Tô perdido mas eu não me entrego
Flor secando mesmo assim eu rego
Tô cercado por todos os lados, matando cobra pisando em Lagarto
Perdendo a noção de tempo e espaço, te procuro em mapas pra ver se me acho
Final de semana, sinal de fumaça, SOS saudade, ela que me salva
Traz sabor de mar pra minha boca ressecada
Cabelos pretos pele tatuada, olhos puxados no tom verde esmeralda
Verde que lembra as matas dessa ilha imaginaria
Mal dividida mal humanizada mal construída e mal terminada
Mesmo assim faço dela o meu refúgio me quiseram insano mas eu me mantenho lúcido

Eles me apontam olhares
Eu miro do alto cruzo os meus versos direto no asfalto
Papo reto que confundi mentes tortas, deixa sem argumentos uma legião de
Idiotas, se isso te incomoda no fundo você concorda
Mas finge que não ver, e se mantem hipócrita
Só não tem coragem de falar e nem para pra pensar, que coisas vitais
Ao o ser humano falta nesse lugar, mas não falta imaginação e sonhos
E a certeza de que fomos e somos
Uma família na ilha perdida
A espera do resgate que salvara nossas vidas
O dia a partida, pra conhecer o continente
Sei que não é conveniente, ter o perigo eminente
Um embaixador de inteligente, que declare essa ilha independente
Mesmo assim eu sigo em frente