Minha laje minha ilha, onde sonhos não termina Vira verso vira sina universo la em cima Tô perdido mas eu não me entrego Flor secando mesmo assim eu rego Tô cercado por todos os lados, matando cobra pisando em Lagarto Perdendo a noção de tempo e espaço, te procuro em mapas pra ver se me acho Final de semana, sinal de fumaça, SOS saudade, ela que me salva Traz sabor de mar pra minha boca ressecada Cabelos pretos pele tatuada, olhos puxados no tom verde esmeralda Verde que lembra as matas dessa ilha imaginaria Mal dividida mal humanizada mal construída e mal terminada Mesmo assim faço dela o meu refúgio me quiseram insano mas eu me mantenho lúcido Eles me apontam olhares Eu miro do alto cruzo os meus versos direto no asfalto Papo reto que confundi mentes tortas, deixa sem argumentos uma legião de Idiotas, se isso te incomoda no fundo você concorda Mas finge que não ver, e se mantem hipócrita Só não tem coragem de falar e nem para pra pensar, que coisas vitais Ao o ser humano falta nesse lugar, mas não falta imaginação e sonhos E a certeza de que fomos e somos Uma família na ilha perdida A espera do resgate que salvara nossas vidas O dia a partida, pra conhecer o continente Sei que não é conveniente, ter o perigo eminente Um embaixador de inteligente, que declare essa ilha independente Mesmo assim eu sigo em frente