Mais um daqueles sons que faço de madrugada Ansiedade como uma onda de eletricidade no corpo inteiro Tô com vinte e dois anos era pra estar com mente elevada Mas ainda sinto que sou criança mimada em desespero Parece briga de tom e jerry eu correndo dos meus vícios Pequeno público não quer sad song, até eu cansei disso Ninguém sabe o que tem se passado nessa vida difícil Quase pra mim é sinônimo de estar a um pulo do precipício Não é novidade que essas sads songs virou meu ofício Aqui é meu diário onde falo o que tá doendo aqui dentro Talvez tu não sente sua mente vivendo em um diário de detento É fácil falar que é fácil sem estar do lado que é difícil Tudo desaba enquanto o nível das rhymes levanta Meu monstro interior parece mais invencível Nada me surpreende eu nunca vou dizer caramba Profundidade dos versos quase que se compara com a altura do nível Tudo mudaria se a felicidade não fosse um nada Tudo acabaria bem se a dor se reduzisse a nada Eu piro me viro pro lado que não se enxerga escadas Queria virar na vida na mesma quantidade de noites viradas Ser humano se resume a um ser cego na caça de vagalumes no escuro Seres humanos e seu ar puros Gritos de socorros que se configuram como sussurros Só temos ouvidos pro nosso próprio socorro, pro resto nos somos surdos Problemas longos e tempo curto Força no nada necessidade de resolver tudo Pra ter problemas normais todo dia eu luto Nada mais é bizarro no lado que tudo é absurdo