A eternidade desse amor foi me revelando Quando a saudade e o rancor são do mesmo pano Mas eu manchado de licor vivo costurando Uma presilha que remende esse engano Um meridiano amor Até tentei dobrar o cós de arrependimento Outro novelo ao invés de um nó nesse sofrimento Atarantado no retrós do meu juramento A gargantilha, tua voz, desalento Invento um modelo, amor... Naturalmente revistei o meu coração Aquela nêsga que alinhei deve estar no chão É evidente que evitei desfiar a nossa condenação Tecer o avêsso é tão comum quando em desalinho A gente esbarra no debrum e arrebenta o linho O nosso muito é nenhum quando advinho E a redondilha acaba num colarinho Na mancha de vinho, amor...