O primeiro tolo foi quem creu, que a terra tinha um dono Foi manobra, desengano, o miocárdio adoeceu! A ternura daqueles olhos roubou o meu futuro Mas era fêmea e seus segredos se escondem atrás do muro Pilatos em cada esquina, Gandhi ao além-mar E as almas vão parindo, se perdendo sem chegar! É, mundo! Degringolado, é bem melhor que me esqueça Fundei a Nuelândia, o país dos sem cabeça Então cerquei a terra e também me fiz seu dono E riu de mim os Céus, o Índio, o abandono E lá sobraram poucos, loucos, equilibristas E o vazio imenso na imensidão da pista Degringolado, é bem melhor que me esqueça Fundei a Nuelândia, o país dos sem cabeça Então eu me dei conta que toda conta tem um caso Que nada vem do nada, nada é por acaso Que não se completa o côncavo sem ter o convexo E não sei se você está pronto, pra entender meus versos Degringolado, é bem melhor que me esqueça Fundei a Nuelândia, o país dos sem cabeça!