Kaô, kabecilê kaô Eu sou malandro e sou filho de xangô Quero ver o chão tremer quando meu tambor tocar Uma lenda na avenida a minha escola vai contar O amor é a mais linda criação de Obatalá Xangô, rei valente e destemido Percorreu o continente em busca de uma paixão Nesta jornada conheceu as três mulheres Que disputaram o seu coração Epahei oyá, vem na ventania Orayeyeo oxum está na cachoeira Quem chega pra lutar com valentia Obashi obá mora na corredeira Oyá provoca a ira de Ogum Dividida em nove partes, Iansã se revelou Oxum, dotada de grande beleza Foi encantada num ato de singeleza Enciumada, Iansã deixou o reino Disfarçada como pedra, em um raio ressurgiu Enquanto Obá, grande guerreira de Elekó Demonstrou sua bravura e conquistou o rei de Oyó A orelha no Amalá faz despertar a fúria de um trovão Dois rios nascem no Ayê, se encontram em um turbilhão Quando o povo sucumbiu numa forte tempestade O machado crava o chão E enterra o reino para toda a eternidade