Que língua estrangeira é esta que me roça a flor do ouvido, um vozear sem sentido que nenhum sentido empresta? Sussurro de vago tom, reminiscência de esfinge, voz que se julga, ou se finge sentindo, e é apenas som. Contracenamos por gestos, por sorrisos, por olhares, rodeios protocolares, cumprimentos indigestos, firmes aperto de mão, passeios de braço dado, mas por som articulado, por palavras, isso não. Antes morrer atolado na mais negra solidão.