Tudo o que for vivente tem Uma queixa que o percorre E quando um dia a vida morre A morte morre também Essa já não mata ninguém Onde nasceu se sumiu Pra esse corpo serviu Ali fez as contas do povo Não vai de um pra outro corpo Porque a morte nunca existiu A morte não sai para a rua, nem anda de terra em terra E que anda um dia a vida degenera a morte Cada um tem na sua Essa já não continua Onde nasceu foi acabada Pois foi ser enterrada Com o corpo debaixo do chão Mesmo nessa ocasião Foi pela vida gerada Onde é que essa morte está, onde tem no acampamento Pra matar milhares ao mesmo tempo Uns no estrangeiro, outros cá Essa morte não haverá Pra que faça tanto corte Ainda mesmo que seja forte E haja isso, eu não acredito Estragou-se o sangue Perdeu o espírito A vida passou à morte Como é que podia ser Uma morte só ter tanta substância Do mundo tão grande distância Pra tanto vi ver-te morrer Cada um tem a sua ter E pela vida que é fundada Aquela que anda de estrada em estrada Ninguém tenha esse abismo Quando se para o maquinismo É que fica a morte formada Quando se para o maquinismo É que fica a morte formada