A cadeira de balanço na varanda Uma brisa suave com aroma de flor Sim, as flores aquele mesmo perfume Que foi levado pelo vento Assim como aqueles dias E em suas voltas e revoltas Às vezes retorna O aroma não os dias esses nunca voltam Talvez uma lágrima me escorra dos olhos E um sorriso me escape dos lábios Talvez eu encare um livro na estante E volte a minha cadeira de balanço A sustentar o peso de minha idade Um suspiro de saudade Mas estamos a tanto tempo juntas Que até viramos amigas Quantas coisas me escaparam Quantas eu guardei E daqueles dias perfumados Sei que nunca esquecerei A memória do poeta Está na arte que interpreta E quando esta falha Será a hora de enterrar A minha eventualmente irá Mas para a eternidade Aqueles dias hei de levar