José Fortuna

E de Repente, a Soja

José Fortuna


E de repente a mata sentiu lhe visitando
O pé da agricultura sobre seu chão pisando
Tratores gigantescos nos campos desfilando
E toda uma Nação dando a voz de comando
O bravo lavrador alegre semeando
Na terra sempre alerta com sua boca aberta
A soja esperando

E de repente a soja no seio do sertão
Cresceu verde e viçosa cobrindo todo o chão
O banco financiando governo dando a mão
O lavrador que ia na mesa ter mais pão
Sorria ao ver o verde do alto do espigão
A imensidão cobrindo qual moça se vestindo
Pra festa de verão

E de repente tudo tomou a cor marrom
Eram milhões de vargens por toda a plantação
Saía da lavoura lotado o caminhão
Carregando o produto de nossa exportação
A plantação de soja nos trouxe a solução
Com trabalho e suor foi para o lavrador
A sua salvação