Ai, morena, não sei o que eu tenho, vivo triste de um tempo pra cá Desde o dia que eu te conheci, esta dor começou penetrar Infeliz deste pobre coitado que o seu coração, escolheu pra matar Lá nas águas daquele corguinho, um dia desses eu fui me espelhar Eu me achei muito triste e abatido, no barranco eu peguei soluçar Uma lágrima caiu dos meus olhos , juntando com as águas, foi embora pro mar Me queixei com os peixinhos do rio, que viviam nas águas a nadar Por que é que eu padeço no mundo, tantos outros só vivem a gozar “é porque você adora uma ingrata, de coração duro, que não sabe amar” Eu não como, não durmo, não bebo, vivo andando no mundo a vagar Sempre olhando neste céu azul, sei que um dia lá eu vou morar Vou deixar de sofrer neste mundo, morrer assassinado, pelo teu olhar Ai, morena onde eu for sepultado, venha ao menos uma vez visitar Derramar uma lágrima na pedra, derradeira lembrança a deixar Do castigo que você bem merece, ainda eu peço pra deus, pra te perdoar.