José Claudio Mezzalira

Brisa Serrana

José Claudio Mezzalira


O camargo bem cedo, café bem forte.
Pinhão maduro no chão, oh traga mais grimpa para sapecar.
Flores e paz, não há o que possa acabar com esta vontade de retornar a esta princesa.
Andar pelo parque ao sol. à casa torno com o desejo de ficar.

Nasci nesta cidade e quero vivenciar dias bons aqui,
E respirar do ar tão puro, brisa serrana tão viva.

Da escada do morro grande eu vejo pequenas casas ao longe.
No salto, a grandeza da força das águas.
Aconchego-me em meio ao frio pra me aquecer, lá fora a grama branqueou.
E é tão alva cor. veja, o orvalho se transformou em cristal.
O pinhão na chapa estalou. matear para aquecer a alma.

Nasci nesta cidade e quero vivenciar dias bons aqui,
E respirar do ar tão puro, brisa serrana tão viva.

Lá fora já clareia no campo.
O vento sopra ao longo da rica coxilha. rastros da história ao norte da serra do pelotas.
Ao clarear o céu de um novo amanhecer surgem as cores fortes de imagens da serra.
Grandioso teatro, praça em frente à catedral, flores pra sonhar.
Sombra amiga no centro, o morro do prudente se impõe, as taipas lembram história.
Raízes que não se arrancam mais, saudade que me faz voltar.