Corre as varas da porteira Vem chegando a recoluta Potrada de queixo roxo Começo de lida bruta Mouros, zanhos e gateados Picaços e doradilhos Gritos de forma cavalo Serviço para o lombilho Desde o preparo de doma Rédea, cabresto e bocal Maneia de tira teima Espora, mango e buçal Cincha de tento torcido E um travessão de papada Cirigote retovado De manotaço e dentada Um baio ruano escolhido Para o peão namorador Crioulo solto de pata Monarca escarceador Mostrava anca de pata Um peçuelo de cantiga Baio ruano preferido Das prendas e raparigas Não precisa pede amigo Nem precisa manunciar É só cantar as virtudes Da alma deste cavalo Pode levar de a cabresto O baio ruano falado Mas nunca desacredite Da força do seu estado