Em Janeiro bebo o vinho Em Fevereiro como o pão Nem que chovam picaretas Hás-de cair, Rei-Milhão Adeus, cidade do Porto Adeus muros de Custóias Cantando à chuva e ao vento Andei a enganar as horas Tenho mais de mil amigos Aqui não me sinto só Cantarei ao desafio Ninguém tenha de mim dó Ó meu Portugal formoso Berço de latifundiários Onde um primeiro ministro Já manda a merda os operários Já hoje muito maroto Se diz revolucionário E faz da bolsa do povo Cofre-forte do bancário Camaradas lá do Norte Venham ao Sul passear Cá nas nossas cooperativas Há sempre mais um lugar