Ali está o rio Dois homens na margem estão Um dá um passo, outro hesita Só um se aventura outro não Se o primeiro é destemido Será o outro um poldrão Do outro lado do perigo Só um se governa outro não Mal sobe a margem do rio Torna-se logo um patrão E se uma figueira dá figo Só um come o fruto outro não Tudo perdeu o primeiro Só não perdeu a razão Os dois passaram o rio Mas só um venceu outro não Ambos venceram o rio "Nós", dizem todos, mas não Ambos vencemos o rio A mim quem me vence é o patrão