Jorlan Tanner

A História de Uma Garota Suicida

Jorlan Tanner


Ela tava exausta, cansou de sempre tá escondendo
Que não tinha mais vontade de continuar vivendo
Sempre cansou de falar não sofro opção
Sem procurar ser entendida machucaram o coração

As palavras elas machucam, quem ouve nunca esquece
A sua alma ela gritou ninguém entende, então se feche
Ela tinha suas razões, você nem ligou pra isso
Odiava tá sozinha, hoje ela tem seus motivo

Mostrava estar feliz, mas lá no fundo não sorria
A garota que era doce, hoje ela ficou fria
Não aguentava as porradas que a vida nela dava
Olhava sempre ao seu redor, mas ninguém lá nunca tava

Cansada de sofrer, da vida que ela levava
Na escola tinha problemas, em casa ele aumentava
Nunca seguiu o padrão, ela nem ligou pra isso
No quarto ela chorava, sem ninguém, um ombro amigo

Foi quando ela pensou, se eu sumir não faço falta
Ela tinha uma amiga, mal sabia que era falsa
Se entregou pra um garoto, por ele dava a vida
O muleque muito otário, traiu com falsa amiga

Seu mundo desmoronou, ela entrou em depressão
Já que dele não cuidava, ela fechou seu coração
Passou a viver excluída, nada era ao seu favor
Sem ninguém pra ajudar, ela então se isolou

Chorava todos os dias, tudo tava tão sofrido
Disfarçava o sofrimento, dava um falso sorriso
Amava sua família, nem eles a entendia
No quarto ela passava todo o tempo do dia

Já que ela só queria alguém pra escutar
Que entedesse sua dor e não julgasse sem pensar
Não reclame o jeito dela, chora pra desabafar
Trancou seu coração pra não ter que explicar
O motivo do sofrimento, não dá pra sempre ser forte

Foi durona muito tempo, chega uma hora que escorre
Hoje fica em silêncio, viu nele uma resposta
Se alguém a procurar, se importa e dela gosta
Mas ajuda nunca veio nem se quer estenderam a mão

A mão que foi estendida veio de mal intenção
Sem vontade de ajudar, querendo se aproveitar
E sem ter uma saída cansou de se machucar
E ela gritou desisto, sentiu o peso do mundo
Que julgava, apontava, sempre a culpa de tudo

Foi quando perdeu sentido, não tinha pra que viver
Cada porrada da vida não dava pra defender
E por nada dá certo, ela escolheu fazer o errado
Sem nunca jogar na cara a culpa nos próprio culpado

Só queria acabar com a dor, mas nunca com a sua vida
Mas a mente tava fraca, as coisas foram invertida
Foi seguindo um caminho em dar um fim pra tudo isso
A solução que ela via era o próprio suicídio

A esperança ali pra ela, foi a primeira que morreu
E a vontade sumir foi a que prevaleceu
Chorando ela seguiu, já tava perto do fim

Nem o pior ser humano do mundo vivia assim
E devagar ela seguiu pra acabar com a sua vida
Aquele passo pra trás foi último batida

Do coração