Buscar a visão mais profunda Aquela que não tem lugar Aquela que conhece fundo E se confunde com tudo o que há Buscar a visão mais perfeita Que não foi feita e não tem final Amar a visão que se esconde Que o próprio monge ainda sonha encontrar Seguir um caminho, eu sei Que leva pras coisas do além É como sonhar um lugar escondido no céu É ter que olhar pro infinito e chorar Voltar-se pro Sol e deixar-se envolver É ter de jogar as certezas ao léu Talvez isso possa doer É ter de mudar todo jeito de olhar É ver que existe por trás do que há É como se tudo não fosse o que é Talvez isso seja ter fé Buscar o desejo profundo Que mora onde existe o vazio Poder acessar outro mundo Que a noite escura jamais permitiu Seguir os vestígios das sombras Parece estranho e louco demais Mas nos reversos da vida se encontram Todos os versos de um hino de paz