Fiz de mim um poeta na nação desgovernada Para trazer atona a poesia eclética pura Dono da grafia exclusiva discriminada Pelos minimalistas que desconhecem a cultura Encontrei o meu lugar nessas barras faraônicas Fazendo delas arte elevada e icônica Fazendo dessa magnitude estacionária Colecionar rimas com verdade é a minha qualidade primária Escrevo durante a alvorada e narro todo dia Alimento a minha caminhada com sabedoria Dou luz a quem me vê como fonte dessa energia Mano eu escrevo todo dia e elevo a minha fasquia E sem dúvidas sou inclinado para essa luta Faço o manifesto e vou contra quem nos sepulta Essa liberdade é a base da minha conduta Fora desses rótulos, mas eu amo a poesia astuta Poetas hoje, amanhã e eternamente Encontro na mente a razão para seguir em frente A minha caneta é a voz desse espírito dormente Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente Era suposto não dar ouvido pra criação Baixar o rosto, frustrado, por reprimir a ação Do som em mim, do dom, enfim, tá selado O preço da sobriedade? É o sonho encarcerado Por trás da cortina vi a rotina sorrir na surdina Por ver minha cabeça na mira d'uma carabina Quase sucumbi a essa agenda assassina Como se alguém pudesse não confirmar a sua própria sina Hoje tou compacto me conecto com a conatos Tou com pacto de dizer o que sou de fato só com atos Quase nem relaxo, me capto introspectivo Serei eu relapso, inapto e introvertido Por me dedicar a meditar e só me medicar Com o remédio que o espírito me ditar?! Eu não vou mendigar, o que mundo tem pra dar é pouco Se a lucidez encarcerar, eu vou dar em louco O tempo me provou que se provoco A minha voz interna só me equivoco E assim vou com a certeza plena Se o coração e a cabeça andam em sintonia A vida é oração e a promessa é que haja sincronia Entre o que demos e o que pedimos Só somos o que devemos quando prescindimos Do que pensamos ser Então me diluo nessa caneta Pra que cada letra se confunda com o poeta Poetas hoje, amanhã e eternamente Encontro na mente a razão para seguir em frente A minha caneta é a voz desse espírito dormente Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente Poetas hoje, amanhã e eternamente Encontro na mente a razão para seguir em frente A minha caneta é a voz desse espírito dormente Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente