Sentei à minha mesa os meus demónios interiores falei-lhes com franqueza dos meus piores temores tratei-os com carinho pus jarra de flores abri o melhor vinho trouxe amêndoas e licores chamei-os pelo nome quebrei a etiqueta matei-lhes a sede e a fome dei-lhes cabo da dieta conheci bem cada um pus de lado toda a farsa abri a minha alma como se fosse um comparsa E no fim, já bem bebidos demos abraços fraternos saíram de mansinho aos primeiros alvores de copos bem erguidos brindámos aos infernos fizeram-se ao caminho sem mágoas nem rancores Adeus, foi um prazer! disseram a cantar mantém a mesa posta porque havemos de voltar