Jorge Palma

Algum dia (Hás-de morrer assim) (Fado dos sentidos)

Jorge Palma


Trazes pressa no olhar
Trazes rugas junto à lua
Promessas de não faltar
Naquela esquina da rua 

És um homem perseguido
Pelo medo que te apavora
Hora a hora mais sentido 
No amor que te devora

Aprendi a amar-te assim
És meu fado hoje e sempre
Querido à beira do fim
Quase a tempo atentamente

E damos voltas no chão
Até que a luz fica fria
De não em sim, de sim em não
Hás-de ser meu algum dia 

E damos voltas no chão
Até que a luz fica fria
De não em sim, de sim em não
Hás-de ser meu algum dia