Não a vi nascer Nem tampouco se criar Porém vi os seus cabelos Quando de cor começaram a mudar Contemplei-a de longe surdo e mudo Sem beleza igual a encontrar Sentindo seu perfume a exalar Sentindo seu perfume a exalar Aos meus olhos ela sumiu Quando eu tornei a vê-la Estava magra e alta Toda vestida de branco Pronta para ser levada Ao altar dos sacrifícios Para ser queimada Para alguém contentar Quando o fogo pegou em seus cabelos Vi seus olhos tocantes Com um brilho intenso E um fluido sem igual Que torna tudo tão belo E faz da vida um sonho Mas como o que é bom dura pouco Só resta lembrar a santa moça de branco Não a vi nascer Nem tampouco se criar Porém vi o seu fim No altar a se queimar