Eu meto os “peito” num fandango de galpão Pra dançar vaneira no embalo do Caldeirão É uma muvuca, não se sabe quem é quem Recorro a “muierada”, pra achar a que me convém Sou atrevido, enfiado que nem ferrolho Vou direto na mimosa, que sorrindo pisca o olho No pé da dança, cochicha no meu ouvido Me fala que é solteirona e veio arrumar marido Nesse fandango me encolho Nesse fandango me espicho E a solteirona colada Grudada igual carrapicho Nesse entreveiro me perco Nesse entreveiro me acho E eu tô bem louco Pra apagar o fogo do facho Eu sou manhoso, ando em busca de cambicho Me cheguei na solteirona, que parece carrapicho Ela me agarra, mexe o cabelo e se assanha Me fala “eu tô passada, já criou teia de aranha” E desse jeito que gruda e não quer soltar Pra conhecer meus pelegos essa “muié” vou levar Sou caridoso, e o bem tenho que fazer Então eu quero ter ela, pra ela sempre me ter Nesse fandango me encolho Nesse fandango me espicho E a solteirona colada Grudada igual carrapicho Nesse entreveiro me perco Nesse entreveiro me acho E eu tô bem louco Pra apagar o fogo do facho