Tom: C

Intro: C  G7  C  G7  C

                   G7                         C
Eu sou o próprio gaúcho sem tinta e sem fantasia
                  G7                          C
Venho do ermo do pampa, com sestro e com rebeldia
                     G7                       C
Não trago nenhum discurso dobrado embaixo do braço
                     G7                         C
o que é preciso ser feito, eu não enfeito, mas faço

                  E7                        Am
Meu laço não é bonito, mas me garante o sustento 
                       D7                            G7
e quando cerra, estou certo que não "remalha" um só tento
                 F                       C
O meu apero não brilha, porque já é veterano
                     G7                        C
não é dos que veem cavalo somente uma vez por ano

                 D7                        G7
Sou o gaúcho dos campos, não o das fotografias
                     E7                     Am
Pra quem a lida de campo jamais foi uma utopia
                    F                        C
Eu não desfilo nem danço, nunca fui numa mateada
                   G7                      C
mateio à beira do fogo nos braços da madrugada

Int

                   G7                         C
Eu sou o próprio gaúcho, não sou um tipo oficial
                 G7                      C
marcado e assinalado por um galpão regional
                 G7                           C
Me gusta ser orelhano, sem fronteira ou documento
                     G7                     C
meu ancestral, o gaudério, não tinha regulamento

                        E7                   Am
Quando as bandeiras desfilam no colorido da praça
                   D7                           G7
estou no fundo do campo como um guardião desta raça
                  F                       C
Eu evito os refletores, no meu exílio campeiro
                   G7                         C
eles agridem meus olhos que são irmãos do candeeiro