Era uma bailanta vieja Bem sobre a costa do rio Chamamé, vaneira grossa Que só a fronteira pariu Era um baita galinheiro Com retoço de bugio Chegava saltar faiasca e as marca iam se encordoando O gaiteiro, um galo fino que tocava se bombeando E o Polaco pelo de ar, na guitarra amadrinhando E o Polaco pelo de ar, na guitarra amadrinhando E as frangas do galinheiro: Polaca, Nanica e Sura Se aninhavam com os galo pra ponhar na noite escura Tudo penosa, corada, com mais de uma postura Tudo penosa, corada, com mais de uma postura (Mas oigate, baile véio) Que entreveiro de penosa que, na gente, até dá dó Acharam só um galo véio' com um bilhete no gogó Dizendo que, desde cedo, o coitado ficou só Bateram no galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha Bateram o galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha (Chegou um forasteiro sem ser convidado e, logo, estourou a peleia) A madrugada ia alta Quando deu o primeiro estalo Um ganso num bagual novo Uma pintura, um regalo Mandou que largasse um tango Que ele ia bailar a cavalo Quadraram o corpo e se vieram, mas o ganso tinha escola Foi rebatendo os puaços de algum galo mais pachola E tanta carijó linda ficou sem pena na cola E tanta carijó linda ficou sem pena na cola Quando lhe incendiaram os trapos foi que pegou fogo a rinha Azularam desasadas direito à porta estreitinha Escute só, meu patrão, que bochincho de galinha Escute só, meu patrão, que bochincho de galinha Que entreveiro de penosa que, na gente, até dá dó Acharam só um galo véio com um bilhete no gogó Dizendo que, desde cedo, o coitado ficou só Bateram no galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha Bateram o galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha Bateram o galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha Bateram o galinheiro e levaram as carijó Que alarido de galinha (E se foi até o clarear do dia o baile no galinheiro)