De a cavalo era um centauro, Na vastidão desta pampa. Aquela bronzeada estampa, Com ares de caborteiro. Tinha a alma de guerreiro, Noite negra nas melenas. No olhar as manhãs serenas, Do alforecer missioneiro. Cantou consciências libertas, Edificou catedrais. Molhou e domou baguais, Construiu uma nação. Foi monarca, capitão, De magistrado chirú. São Sepé Tiarajú, 'Orubixava', cristão. Deu pedigre para uma raça De autênticos campeiros Tem nome dos guerreiros Ajujados pela fé. Deu seu sangue a Caiboaté Quando a pampa estremeceu E o lunar resplandeceu Na fronte de São Sepé. Os audazes de seu povo Nem se quer o conhecia Foi julgado a repelia Por tribunal de exerção E sonegaram por quinhão Num inventário divino E o direito cristalino De ter um palmo de chão. Esta terra já tem dono Murmurou agonizando Preferiu morrer peleando Do que viver humilhado Por que um povo escravizado Não tem querer nem poder É melhor então morrer À viver de lombo arcado. É melhor então morrer À viver de lombo arcado. Esta terra já tem dono Murmurou agonizando Preferiu morrer peleando Do que viver humilhado Por que um povo escravizado Não tem querer nem poder É melhor então morrer À viver de lombo arcado.