Todos os santos foram passear
Sensação de perda procuro não falhar
Edifícios tortos crianças sem lar
Planto a sorte só colho o azar

Deixaram o olimpo deixaram o altar
Vivem na terra sem se preocupar
Pra tirar o atraso cometem pecados
O inferno é o certo, o céu o errado?

Mapa das nuvens desenha relevos
Extrema ganancia pegadas a esmo
Atrás da grande chance mora o fracasso
Conquistas distantes fruto do cansaço

Numa casa escura escuto uma voz me procurar
Não sei de onde vem se é sua ou da minha cabeça

Isso não se faz, isso não se faz
Isso não se faz com o imaginário

Todos os anjos agora estão surdos
Labirintos de preces, fé no escuro
Sonhos de liberdade cada vez mais distantes
Juventude ingênua menos que a de antes

Sérios pensamentos em poucas cabeças
Alienação é o prato de todas as mesas
Poluição sonora aumenta o silêncio
Da força necessária que move outros tempos

Numa casa escura escuto uma voz me procurar
Não sei de onde vem se é sua ou da minha cabeça

Isso não se faz, isso não se faz
Isso não se faz com o imaginário

Encontra-se maldade até num bom coração
Passos em pregos leões de estimação
Curvas da vida ruas sem saída
Escolhas erradas retas sem medidas

Faixas contínuas mostram o caminho
Palavras sinceras se tornam espinhos
Império das dúvidas nos fazem calar
Filosofias utópicas celebram o pensar

Numa casa escura escuto uma voz me procurar
Não sei de onde vem se é sua ou da minha cabeça

Isso não se faz, isso não se faz
Isso não se faz com o imaginário

Deixe-me sozinho com meus pensamentos

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