Jorge Augusto Pires Correa

Malvada Tecelã

Jorge Augusto Pires Correa


Nascemos pra ser livres
Mas por todos os lados
Nos vemos acorrentados e presos na grande teia da repetição
Que aos poucos vai destruindo nossa altivez
Sugando a força vital pra depois nos deixar
A estrela se inverte mas o tudo no todo é da lei

Oh, oh, oh, malvada tecelã
Oh, oh, oh, malvada tecelã

Moldados do pó da terra
E a terra do hidrogênio
E o espírito dançava sobre as águas
Com suas ideias pré-concebidas e só
O homem nasce, cresce, chora, faz chorar e se vai
E não há consolo nem consolador que console
Pois a vida é o agora e o futuro humor bipolar

Oh, oh, oh, malvada tecelã
Oh, oh, oh, malvada tecelã