Ouvi cantores de nome, ouvi cantores de alma Já vi gente bater palma, pra destorcidas canções Rodando tino e razões, em um ébrio pensamento Açoitando sentimento no canto destes galpões. Posso pecar contestando, o sentimento de alguém Mas o calor que mantém, me vem de um fogo de chão E assim me sobra razão, pra o altivo atrevimento E se eu parar, por um momento, vou trair meu coração. Por isso empunho minha lança, num atropelo tremendo Antes que acabe morrendo o canto dos corações Pra não brotarem visões que machuquem a alma do campo Aqui defendo e levanto o canto destes galpões. Canto de gente dos bastos, que são campo na essência Índios da nossa querência, as vezes desafinados Por não serem diplomados, na escola grande das notas Mas são fiéis na escolta das verdades deste pago. Posso pecar contestando, o sentimento de alguém Mas o calor que mantém, me vem de um fogo de chão E assim me sobra razão, pra o altivo atrevimento E se eu parar por um momento, vou trair meu coração. Por isso empunho minha lança, num atropelo tremendo Antes que acabe morrendo o canto dos corações Pra não brotarem visões que machuquem a alma do campo Aqui defendo e levanto o canto destes galpões. E só cantores de alma... Guardam o canto dos galpões...