Minha mãe É mais uma Maria Das Marias dos dias De inverno e verão O sofrer Não lhe pesa a fronte Pois o vê como fonte De eterna lição Sendo fraca, forte se faz É Maria sinônimo de paz Coragem, luta e dor Força, vida e afeição O pesar não inibe seu sorrir E nem pode impedir que ela cante sua canção Minha mãe Vivi em teu regaço Me afagaste em teus braços Quando era um bebê Mas cresci Como cresce um rebento E os sinais do tempo Marcaram você Sei o espelho não mais te atrai Você foi quem agora não é mais E sempre há de ser Quem na essência você foi Amanhã, quando a vida te deixar Irei sempre lembrar teus grandes feitos, minha mãe Você me deixou nascer, assim pude contemplar O raiar do amanhecer, o verão, a primavera E o pássaro a cantar Posso contemplar você, vê teu rosto e tua cor Teu sorriso, teu prazer, ouvir tua voz macia, Vê o olhar de beija flor