Nem sempre quando choro é de tristeza Nem sempre que sorrio é de alegria Nem sempre quando grito é por revolta Às vezes também calo por ironia Nem sempre quando corro é por ter pressa Nem sempre quando páro é por cansaço Nem sempre que ajoelho pago promessa Transito lúcido e louco Em tempo e espaço Tempo tempo tempo tempo Temporal Vivo no fio da meada Entre o bem e o mal Às vezes estou sozinho e não é solidão Às vezes estou com todos e não me sinto bem Às vezes compartilho sentimentos E no final da noite Me flagro sem ninguém Mas ao você me ouvir cantar Saiba que estou dando O meu começo meio e fim Porque meu canto e a minha voz É o que há de mais puro em mim Tempo tempo tempo tempo Temporal Vivo entre o fio da meada Entre o bem e o mal