Larga patrício, essa gauada de vereda Tem pouca cerda mas meu tento é de primeira Não te preocupe, dá-lhe a tampa e me solta Se cai na volta, equilibro na soleira. As minhas "lata" vão cortando no sovaco Pois este caco hoje vai me "carrega" Se ele tem fama não faz mal eu também tenho Mato que eu lenho é obrigado a "queima". Vivo igual a outros tantos "to" no mundo de passagem Depois que subo pro lombo faço sempre boa viagem E o mulherio suspirando admira minha coragem E esse entono de ginete que carrego na imagem. Nunca tropei com cavalo que se manque Neste Rio Grande nos rodeios que andei Nem sei direito nessa lida campesina Se foi mais china ou aporreado abracei. De corpo erguido o braço bem espichado E bem sentado como quem senta num trono É o meu estilo de desafiar a sorte E só a morte é que termina com esse entono.