Oiga-le verão de maio Sol quente e caindo raio Depois que eu digo que saio Eu saio e ninguém me ataca Um chá de casca de vaca Sempre foi bom conselheiro Pra metido a bochincheiro E pra burro quando se empaca! Gosto do "urco" veiaco Que se atore corcoveando Que se destorça berrando Calçado num par de "ferro", No contraponto do berro Um sapucay fachudaço E os "estoro" dos "laçaço" Da trança do quero-quero Eu falo com os meus cavalos Converso com a cachorrada Podem me chamar de louco Que eu saio dando risada Se domingo "hay carrerada" Me sobra bom parelheiro, E uns quatro ou cinco ovelheiros Pra juntá boi nas "canhada". Sacando o bocal do potro Eu deixo bem ajustado Que assim seguro minha doma Serviço "garantizado" Eu sou metade daqui Metade do outro lado O coração de guri E um sangue "acastelhanado". Oiga-lê marca gaúcha Num ala pucha te levo! Na chuleada, um calaveira Rouba - três real envido - - tenho flor seu atrevido E te prendo um truco na testa -! Pra mim o que presta, presta E o que não presta é refugo Pois anda muito sabugo Se achando o bom dessa festa. "una cosa es una cosa Otra cosa es otra cosa" Já dizia por astuto Don alfredo zitarroza, Macaco em loja de "loça" É estrago grande parceiro E o meu verso mais matreiro Guardei pra "dize" pras moça.