Vocabulário pampeano, pátrias, fogões e legendas O grande Jaime Caetano, o poeta, o mestre, a lenda O payador campechano guardião de rumos e sendas Vai de fogão em fogão já desde a gaúcha infância Calçou bota de garrão em muito galpão de estância Deixando seu cantochão sonorizando as distâncias Payador dos payadores, campeiro vate imortal Nos campos nos corredores se escuta a voz de um sorçal São os versos campeadores do Jaime Caetano Braun O bugre, o taura, o ventena, o domador, o campeiro Tantos tipos tantas penas que recriou por inteiro No seu ofício torena de payador e troveiro De olhar com luz incontida de estrela de eterno facho De poesia aguerrida falada com voz de macho Deixou paisagens perdidas nalgum potreiro de guacho Ao Jaime Caetano Braun a reverência elevada De quem tropeia um sinal onde ele abriu as estradas E busca o seu manancial para beber nas aguadas Alma de índio altaneiro, sino de bronze e pajé Velho chimango guerreiro, mescla de sonho e de fé Pedra do chão missioneiro, lume do olhar de Sepé!