Bem lá no meio do nada, perto de coisa nenhuma Donde o "chinedo" se apruma pro alvoroço da peonada Uma gaita pianada com mofo na baixaria Resmunga até clarear o dia pra o bailão da gauchada No costado do salão se erguia a tal catacumba Que noite afora retumba o gaguejar da cordeona O defunto uma dona descança ao som do pandeiro No velho embalo campeiro de bailar co´as querendonas O baile corria solto e as normas junto ao balcão Não tá livre de carão quem chegá de atravessado É pra bailar separado em respeito a falecida A canha só destorcida num guaraná bem gelado Fica um retoço dos "bueno" Quando a cordeona retumba E o chinaredo se assanha No bailão da catacumba Numa prosa ao pé do ouvido de uma guria da zona Vinha o viúvo da dona numa marchita valseada A carcaça cambaleava e encordoava o meneio Sempre no mesmo floreio de uma vaneira largada No final do rebuliço um namoro de campanha Meia boteja de canha pra galopear no caminho Um resmungo de carinho bem no cogote da prenda O resto deus nos defenda "vamo ajeitá" despacinho