Refrão Ester matou o Zóide, de camisinha Ester matou o Zóide, ficou sozinha Ester sabia que seu marido vivia a natureza de ser macho em período integral Ele botava sua camisinha nova, a botina camurçarda e dizia ser o tal Saia louco, em sua moto importada, de potência envenenada, toda noite a vadiar Acreditando que Ester nada sabia descolava uma guria pra ver a cobra fumar Ester traçou uma vingança tão estranha, sua ira era tamanha, que chegou a planejar “Eu vou matar esse safado sem vergonha, sua alma tão bisonha, no inferno enterrar. Vou me esbaldar de dar risada em seu velório e depois do crematório, suas cinzas vou soprar. Fazer um brinde, em menção daquela hora, quem quiser que chore agora ou vá chorar noutro lugar” Enquanto isso, o lobo Zóide dava duro com uma mina, no escuro, de um motel à beira-mar E mal sabia que Ester tava por perto, com o seu olhar esperto, pra vingança consumar Ester chegou e já meteu o pé na porta, pegou o Zóide na toca, e fez o moço engasgar Aproveitou a sua boca na mamona, disparou uma azeitona e fez o Zóide viajar E, hoje em dia, Ester vive na tranqueira, é viúva e pistoleira de um motel no Gurupá Herdou a casa, uma moto, uma foto e vive fazendo voto pro Zóide ressuscitar Contam que o Zóide tá morando lá no céu, comendo mamão com mel, e nem lembra de voltar Mas vez em quando, no meio da madrugada, uma moto envenenada faz o povo arrepiar