Joaquim e Manuel

Sonho de Um Caminhoneiro

Joaquim e Manuel


Eram dois amigos inseparáveis 
Lutando pela vida e o pão
Levando um sonho de cidade em cidade
De serem donos de seu caminhão
Com muita luta e sacrifício 
Para pagar em dia a prestação
Se realizava o sonho finalmente, 
O empregado passa a ser patrão.

Suas viagens eram intermináveis 
De cansaço, de poeira e chão
E um dos amigos, um recém casado 
Ia ser pai do primeiro varão
Com alegria vinham pela estrada 
Não vendo a hora de chegar
E o caminhoneiro disse ao amigo: 
"vou lhe dar meu filho para batizar".

Mas o destino cruel e traiçoeiro 
Marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada 
Com uma carreta foram se chocar
Mas como todos tem a sua sina, 
Um a morte não levou 
E agonizante no braços do amigo disse:
"vá conhecer meu filho porque eu não vou".

(Falado)
Naquela curva a beira da estrada, 
Uma cruz ao lado do pinheiro
Marca pra sempre onde foi ceifada 
A vida e o sonho de um caminhoneiro
Com a morte do companheiro 
A saudade vai chegar
Aqueles bons e velhos tempos 

Mas o destino cruel e traiçoeiro 
Marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada 
Com uma carreta foram se chocar
Mas como todos tem a sua sina, 
Um a morte não levou 
E agonizante no braços do amigo disse:
"vá conhecer meu filho porque eu não vou".

Nunca mais irão voltar.

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