Joaquim e Manuel

Caminhão É Assim

Joaquim e Manuel


Eu vivo pela estrada
Com um caminhão nos braços
E alguém no coração
Meu amor é dividido
Porque eu morro por ela
E vivo pelo caminhão

Dois amores diferentes
Mas com eles me completo
Eu não vivo em abandono
No calor de uma cabine
Ou nos braços de quem amo
Sou feliz até no sono

No calor da estrada
Quase sonolento
Qualquer sombra eu encosto
A pensar com quem eu gosto
Vou sonhar no acostamento

A noite chega
A saudade aumenta
Agarrado no asfalto
Se possível o farol alto
Pela marca dos oitenta

Sozinho pela estrada
Escutando a voz do vento
No espelho a refletir
Mal começa uma viagem
Eu já penso no regresso
E nem terminei de ir

Mesmo assim eu vou seguindo
Com cuidado redobrado
Quando a estrada serpenteia
Caminhão é assim mesmo
Vai saindo pelo asfalto
E entrando pela veia