Eu ainda era menino Comessei a trabalhar Meu serviço era pesado Mas eu tinha que enfrentar Eu saia de manhã Com uma enxada na mão Comessei de bóia fria A minha primeira profissão Eu tinha que ajudar Meu pa i defender o pão Pra carpir usava a enxada Pra colher usava as mãos Eu sentia os orvalhos Encharcando os meus pés Carpindo grandes toçeiras De matos e de sapés Pra colher era dificil Mas eu tinha a opinião Enfrentava a chuva e o sol E a poeira do chão Fui levando esta vida Criando os calos na mão Hoje a enxada é o diploma Da minha primeira profissão