João Prista

Olhar

João Prista


Olhar enrustido
Babando o sentido
Pra talvez respirar
Tímidas deixas 
Fugindo do olhar

A noite é pequena
Acontece que há
Mais que isso no olhar

O sabor da malícia
De um olhar, que delícia!
Penetrando na gente sem nem mesmo
Ter permissão para entrar

Flutuando a carícia
Transbordando imperícia
Gaguejando a vontade insegura
De ter permissão para entar
São os olhos querendo amar

O encontro vem vindo
Acontece que há
Sentimento no olhar