Vejo na frente dos meus olhos já cansados O céu aberto e o mundo bem distante As nuvens brancas passeando no espaço Vão naufragando silenciosas no horizonte As noites claras que anuncia as madrugadas E traz na mente a mais nobre inspiração A Lua cheia na quietude resplandece Enaltecendo os encantos do sertão As lindas matas de riquezas verdejantes Parece o berço das estrelas no esplendor Quisera ser um passarinho mensageiro Para levar belas frases de amor As derrubadas que os matutos de outrora Iam fazendo maltratando a natureza Não demora pra que eles compreendessem Que era maldade destruir tanta beleza E como é bom sentir a brisa passageira O Sol vermelho que desponta no espigão E ver as águas cristalinas nas cascatas Que mansamente descem lá do ribeirão Eu sou feliz em ser poeta sertanejo Gravando em versos as belezas naturais Na voz suave do violeiro apaixonado As minhas trovas que não morrem nunca mais