Quando o reponte das manhãs clareia o dia Me encontro avulso no galpão sorvendo o amargo Repasso o tempo num recuerdo melodioso Ando saudoso de um retouço pelo pago Arrasto as garras num aparte da mangueira As garroneira' alço ao lombo de um ventena Vou rebuscar, pelo rincão, algum surungo Num fim do mundo pra adoçar as minhas penas Vou rebuscar, pelo rincão, algum surungo Num fim do mundo pra adoçar as minhas penas Quem passa a vida em lida bruta e campesina Riscando esporas nas mangueiras das estâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias A trotezito, sigo a marcha nessa estampa Carrego ânsias sobre a aba do chapéu Minha alma xucra de campeiro alça voo Quase que alcança as nuvens brancas lá no céu Bombacha nova, par de bota bem lustrada Pingo na estrada repontando a imensidão O pala ao vento dando vaza à madrugada E uma saudade dando rédea ao coração O pala ao vento dando vaza à madrugada E uma saudade dando rédea ao coração Quem passa a vida em lida bruta e campesina Riscando esporas nas mangueiras das estâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias Quem passa a vida em lida bruta e campesina Riscando esporas nas mangueiras das estâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias O tempo assola com tropilhas de saudade Nas clarinadas das manhãs pelas distâncias