Não tem faca mais afiada, que língua de mau vizinho Não há de morrer pagão, quem na vida tem padrinho Devagar se vai ao longe, boi lerdo bebe água suja Camundongo não faz festa lá onde mora a coruja Não desejo prá ninguém o que eu não quero prá mim Não há bem que sempre dure, nem mal que não tenha fim Quem tropeça vai prá frente, mesmo com o tombo mais feio Não se deve fazer sombra usando chapéu alheio Deste mundo sem capricho se foi a sinceridade E é só mesmo no ditado que a gente encontra a verdade Praga de madrinha é um pealo e o quebranto é perigoso Em casa de gente braba até o gato é nervoso Quem não tem boca prá nada, não enxerga um palmo adiante O saber nunca é demais e pouco com deus é bastante De noite os gatos são pardos, morcego é filho da treva Miséria pouca é bobagem, do mundo nada se leva Quem nasceu prá se enforcar, um dia encontra uma corda Deus ajuda quem madruga, tudo que não mata engorda Quem foi rei é majestade, mesmo quando deixa o trono O burro sempre é encilhado bem a contento do dono Quem nasceu filho de peixe, peixinho de certo é Porque afinal toda a fruta nunca cai longe do pé Quem vive sempre encostado, só vai onde tem parede Não importa a cor do copo prá quem tá louco de sede Quando a promessa é demais até o santo desconfia Quem nasceu dentro da água, não se afoga na bacia