João Luiz Corrêa

Gauchão do Mate Doce

João Luiz Corrêa


Compadre véio, tem uns gaudério mudado
E eu ando preocupado com o que vejo por aí
Brinco na orelha e os cabelo arrupiado
E o braço tudo riscado, parecendo inté um gibi

Vão pros rodeios sempre trajado a rigor
Parecendo ter valor, ser gaúcho de respeito
Mas se emborracham, daí, vão se revelando
O macho vai se acabando e revelando os seus trejeitos

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia, animal

Traz na mateira cuia e bomba de prata
E uma garrafa de lata que aperta e sai água quente
Não tem vergonha, me traz erva com chazinho
Quer tomar mate docinho e ainda oferece pra gente

Não toma mate bagualudo, pura folha
Mas aqui não tem escolha, o nosso tá forte que é um coice
Oh! Meu compadre, o mundo véio tá virando
E eu inté tô desconfiando que a culpa é do mate doce

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia, animal

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia

Mas que gaúcho é esse?
O macho acabou-se
Foi na roda das comadre
Pra tomar um mate doce

Mas que gaúcho é esse?
Que coisa bem feia
Mas vê se toma jeito
Chê, não te fresqueia, animal