A alma de um taura não nasceu pra ter sossego, pois os pelegos dormem no lombo do pingo, quem corta o mundo, sempre encurtando distâncias, acalma as ânsias num perfume de domingo. Caraguatá, unha-de-gato e carrapicho, nunca foi bicho pra fazer trocar de rumo, quem traz na alma a xucreza do campeiro, por caborteiro faz do tempo o seu aprumo, jeito de guapo com a altivez de um galpão, garra de um chão retemperado na vivência, todo gaúcho desse Rio Grande machaço, sabe que o braço abre o caminho da existência. Todos os rincões trazem mesclados seus costumes, e até tem ciúmes quem não naceu por aqui, aperá um pingo e se pilchá bem a preceito, é um direito, que se tem desde guri. O nosso Estado traz na alma a tradição, e um coração que é farroupilha de nascença, nossa doutrina secular abagualada, já vem timbrada, no bojo desta querência.