Casca de fumo e pontas de palha Erva jogada na beira da estrada Sinal de fogo e capim deitado Foi um tropeiro nesta madrugada Sigo no rastro com tanta saudade Uma vontade de tropear também Levar a tropa e gritar com boi Felicidade que um tropeiro tem Sorriso largo e palheiro aceso Lenço abanando, tilintando a espora Estampa guapa de um índio campeiro Segue o tropeiro pela estrada afora Olhando o céu e a pampa azulada Segue troteando num longo caminho Vai recordando do tempo passado Vê o pelo do gado na cerca de espinho De vez em quando seu pingo se nega Se arrenegando com a perna do freio E aquele taura sozinho pensando Segue pechando touro num rodeio Marcas do tempo que jamais se apagam Ficaram nos flecos do meu tirador Quando eu tropeava num bagual bufando Escorando a ponta, e fazendo um fiador Quando eu me apear no meu último pouso Na estância xucra lá do além O meu Rio Grande talvez se recorde Que aqui na terra eu tropeei também.