A oito baixos se arreganha na vanera A porvadeira se ergue por toda sala Uma morena se achega com simpatia E acaricia sestrosa as franjas do pala Atrás da orelha escoro o pito e já me avanço Nesse balanço abagualado do rincão Campeio a volta e alço a perna num assunto Faceiro amunto no lombo de uma paixão Eu levo a vida sempre no cabo do mango Mas no fandango só amanso a solidão Troteio a sina de um campeiro de talento No encantamento de um namoro de galpão Refrão Quando a cordeona chora, nheco!, nheco!, nheco!, nháá Dengosa numa vanera, corcoveia o coração A saudade vai embora, nheco!, nheco!, nheco!,nháá E eu me desmancho de paixão No pé do ouvido, proseio e sigo bailando Vou caprichando num palavreado macio A mãe da moça com a cara meio azêda E a labarêda segue queimando pavio Quando o gaiteiro se agarra num limpa-banco Eu vou no trancoprá enfrentara saideira Beijo no rosto do cambicho, quase estouro Sei que é namoro prá durar a vida inteira Refrão