Quando abandonei meu pago E me entretei contra o vento Vinha brotando nos olhos O que eu trazia por dentro Na despedida garoando Mesclei meu pranto com As águas que Deus mandou A cada moirão da estrada O pago mais longe E no inútil provar meu sonho Com as linhas de outro horizonte Aquerenciado neste chão Barbeando o freio Vinha se negando Meu alazão É a cena dos ruflos do pala Reaceno as crinas do pingo Nos meus peçuelos lembranças E a tristeza de um domingo Na curva grande me voltei E o rancherio contava A vida que eu deixei Que triste a sina migrante Que largo recuerdo trago Por vezes lembrando d'antes Só depois sovo o amargo E em cada gole sorvo a pampa Faço represas pra saudade que descampa